Mito e rito

Nesta obra Julien Ries delineia os elementos fundamentais da antropologia religiosa como novo âmbito do saber. Para encontrar os vestígios que o homo religiosus deixou na história é preciso compreender as modalidades por meio das quais se expressa a tensão da humanidade para o sagrado: em primeiro lugar, os relatos míticos e as práticas rituais. A primeira parte do volume é dedicada à análise do mito entendido como “constante importante e permanente do sagrado”. As modalidades através das quais o mito desempenha a sua função na antropologia religiosa são mostradas através da análise de alguns tipos de relato mítico. Na realidade, porém, mito, rito e sagrado são inseparáveis. É assim que a segunda parte desta obra analisa o rito na vida do homo religiosus

Introdução – A dimensão antropológica do sagrado, 9 Primeira parte O mito 1 Em busca do sentido do mito, 15 I – O sentido do termo grego mythos*, 15 II – O mito como explicação das origens*, 16 III – Do mitograma ao mito – A primeira grande experiência do sagrado*, 20 IV – O mito e sua mensagem no comportamento do homem das sociedades arcaicas*, 23 2 Os mitos cosmogônicos e os mitos da queda, 39 I – Peregrinação e pensamento mítico*, 39 II – O mito cosmogônico, fundamento de todos os mitos*, 46 III – Mitos da queda*, 51 3 Mito, mitologia, mitografia, 81 I – A antiguidade clássica – O mundo grego e romano*, 81 II – A antiguidade cristã*, 112 4 Mito, mitologia, mitografia e pensamento moderno, 138 I – Os inícios da mitografia moderna – A pesquisa do século xix*, 138 II – Mito e Bíblia – A tese de Rudolf Bultmann*, 157 III – Mito e psicanálise*, 174 IV – Mitos, simbolismo e método estrutural*, 196 * Neste Sumário, assim como na divisão em capítulos no interior do volume e no Índice geral, os asteriscos indicam os escritos originais do autor, cuja fonte é explicitada em nota a cada texto e no Índice dos textos originais do presente volume. 5 O mito e o sagrado no pensamento e na vida do homem religioso, 218 I – A pesquisa de Mircea Eliade*, 218 II – O mito, sua linguagem e sua mensagem*, 241 Epílogo – Mitos modernos fundadores de violência*, 262 Referências gerais sobre o mito, 273 Segunda parte O rito 1 Sentido do rito, 281 I – Ritos*, 281 II – O rito e o homem*, 284 III – O rito na vida do homo religiosus*, 288 2 Ritos na vida do homem pré-histórico, 293 I – Cultos funerários arcaicos: o homem de neandertal e do paleolítico superior*, 293 II – Ritos funerários do Neolítico*, 295 III – As casas sacralizadas e os santuários*, 298 IV – O culto das deusas neolíticas*, 300 V – Inscrições rupestres, menir e culto astral*, 303 VI – As religiões de tradição oral, hoje*, 306 VII – Mana, totem e tabu*, 309 VIII – A “magia” da caça*, 313 IX – Os primeiros utensílios, o fogo, os ritos*, 315 X – As estruturas do comportamento religioso*, 316 3 Ritos de iniciação, 320 I – Os ritos de iniciação e o sagrado*, 320 II – O homem, o rito e a iniciação segundo Mircea Eliade*, 329 III – Os ritos de iniciação na vida do homem religioso*, 340 IV – Os ritos de iniciação à luz da história das religiões*, 359 4 Ritos e religiões não cristãs, 377 I – Idolatria*, 377 II – A controvérsia sobre os ídolos, a antropologia patrística e as origens da iconografia cristã*, 398 III – A controvérsia dos ritos*, 416 5 Ritos de bênção e de cura, 426 I – Bênção*, 426 II – Os terapeutas de Alexandria – Filosofia e cura da alma segundo Fílon*, 441 III – Os ritos de saúde/salvação nas religiões do passado – Interferências histórico-religiosas entre saúde e salvação*, 445 6 Ritos, rituais, cultos e peregrinações, 461 I – A civilização do indo e a religião pré-védica*, 461 II – A Oração de Bema na Igreja de Manes*, 463 III – Tempo sagrado e simbologia ritual da peregrinação*, 479 7 Morte, imortalidade e culto dos mortos, 484 I – Imortalidade*, 484 II – Vida e sobrevivência nas civilizações orientais – Introdução ao tema de uma pesquisa*, 540 III – Morte e sobrevivência segundo as doutrinas de manes*, 546 Epílogo – Uma nova antropologia religiosa fundamental, 563 Índice dos textos originais do presente volume, 583 Índice dos nomes e dos principais lugares, 587 Índice geral, 601